domingo, 29 de novembro de 2009

Júlio e as lições


Quinta-feira fui tomado de surpresa, assim como muitas pessoas que conheço, sobre a morte do proprietário do Tererê. Tratava-se de um homem trabalhador que sempre o avistava fazendo o que gostava e acima de tudo dando exemplo de que é possivel vencer na vida sendo honesto e trabalhando.


Contudo, minha reflexão vai alem deste fato; Comecei a me questionar sobre a missão que temos nesta existência. Quando será que faremos o caminho da volta? Será que haverá um sinal, um aviso, um simples lembrete de que chegou a hora da passagem ao portal do grande mistério? Fazendo uma busca na memória dos fatos ocorridos posso afirmar que nada suporta a ação deletéria da linha do tempo. - Diria um velho e bom locutor esportivo que "na passagem dos ponteiros o tempo não espera por ninguém". Já me vi observando a passagem de várias pessoas ilustres, sendo que a maior delas foi minha avó/mãe (um ser humano sem defeitos) e nem por isso o tempo parou. Sendo que neste caso o aviso perdurou por longos e sofridos 10 anos.


Tenho a convicção que a única formula de viver bem a vida é ser leal, correto e procurar ajudar ao próximo. No mais, é fazer como o jogador que vai bater o penalti na final da copa do mundo. Neste momento crucial não existe tática nem técnica, o que vai valer é a experiência. -Fechar os olhos e chutar a bola com a maior vontade de acertar, os gritos ou silencio vai determinar o êxito.


Agora tem uma situação que não podemos deixar de observar que é aquela de que não se pode deixar para o amanhã o que se deve fazer agora. - Aquela história do cavalo celado. Se as oportunidades aparecem tem que ser aproveitadas. Até hoje tem duas passagens que sempre me vem e que em apenas uma posso reverter. A primeira foi dos pais do Fabinho que ele insistia, no casamento do Esaú, para que eu conhecesse duas pessoas e quando bem mais tarde eu fui atender ao seu chamamento ele disse que se tratava dos seus genitores e que já tinham ido embora mas que ficaria para uma outro dia. Na outra é mais complicado e diria que até impossível nesta dimensão; Josy, então minha colega de trabalho, havia me convidado junto com outros colaboradores da empresa, para que fossemos visitar sua casa e comer uma "fava" com seu pai e neste dia eu não tinha como ir. Dias depois tive que ir ao funeral daquele homem de quem poderia ter extraído para mim muita experiência, tendo em vista que tinha alguns gostos parecidos com os meus (Nelson Gonçalves, Altemar Dutra, fava, cervejinha, boa conversa, família.) Enfim, com ou sem aviso temos que viver intensamente, aproveitar os cavalos celados e acima de tudo viver com muita dignidade para quando chegarmos do outro lado do portal e olharmos para o que se passou termos a tranquilidade de dizer que valeu a pena.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por expressar seu ponto de vista.