terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Ensinando cavalo a voar


Sei que nestes dias de muito ter e pouco ser nem damos conta das coisas boas da vida(saúde, família , diversão, amigos, etc.), entretanto, ando observando que apesar das dificuldades, das desigualdades, das intolerâncias o relógio da vida não pára. Você lembra do tsunami em 2004 que atingiu a Indonésia e países vizinhos, matando quase 200.000 pessoas? Pois é, passou... Tudo passa !

Como diria o Rei Dadá; Para cada problemática existe uma solucionática. Se tiver um tempo leia o texto abaixo onde a moral da história é a seguinte; "PARA CADA DIA BASTA SUA AGONIA".

Bom feriado,

Mário



Ensinando o cavalo a voar
( Paulo Coelho )



Um velho rei da Índia condenou um homem à forca.


Assim que terminou o julgamento, o condenado pediu:


“Vossa Majestade é um homem sábio, e curioso com tudo que os seus súditos conseguem fazer. Respeita os gurus, os sábios, os encantadores de serpentes, os faquires. Pois bem: quando eu era criança, meu avô me transmitiu a técnica de fazer um cavalo branco voar. Não existe mais ninguém neste reino que saiba isto, de modo que minha vida deve ser poupada”.


O rei imediatamente mandou trazer um cavalo branco.


“Preciso ficar dois anos com este animal”, disse o condenado.


“Você terá mais dois anos”, respondeu o rei, a esta altura meio desconfiado.


“Mas se este cavalo não aprender a voar, será enforcado”.


O homem saiu dali com o cavalo, feliz da vida. Ao chegar em casa, encontrou toda a sua família em prantos.


“Você está louco?”, gritavam todos. “Desde quando alguém desta casa sabe como fazer um cavalo voar?”


“Não se preocupem, porque a preocupação nunca ajudou ninguém a resolver seus problemas”, respondeu ele. “E eu não tenho nada a perder, será que vocês não entendem? Primeiro, nunca alguém tentou ensinar um cavalo a voar, e pode ser que ele aprenda. Segundo, o rei está muito velho, e pode morrer neste dois anos. Terceiro, o animal também pode morrer, e eu conseguirei mais dois anos para treinar um novo cavalo. Isso sem contar a possibilidade de revoluções, golpes de estado, anistias gerais. Finalmente, se tudo continuar como está, eu ganhei dois anos de vida, onde posso fazer tudo o que tenho vontade: vocês acham pouco?”

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