Este soneto é do excelente blogueiro, poeta, anfitrião, o interminável Vavá da Luz. Homem antenado e de vanguarda. Tem seu principado instalado na Senzala, mas é coroado pelas amizades que arrasta com sua simplicidade. É certo que estas linhas só sejam observadas com profunidadade do conhecimento de causa, pelos nossos filhos e netos, daqui décadas, pois a pouco idade ainda não permite a reflexão necessária, mas fica o registro.
Ah! Meu filho, a ti pouco te importa
O branco dos cabelos que hoje trago
O fel, que na boca eu hoje amargo.
Da velhice viva e mocidade morta
Ah! Se soubesses filho, o que se sente.
Ao caminhar na rua cambaleante
Olhar vazio, trôpego, ofegante.
Sozinho, e sozinho tão somente
É que hoje te vejo, e no olhar o brilho.
Da mocidade que no mesmo trilho
Caminha lenta como o tempo meu
Lembras oh! Filho que no teu caminho
Quando vires um velho, bem velhinho.
Só ficou velho porque não morreu
Obrigado amiguinho, que Deus te abençoe e que nosos filhos reflitam
ResponderExcluirMuito lindo!
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