sábado, 23 de junho de 2012

SERTÃO CASTIGADO PELA SECA E PREFEITURAS COMEMORANDO


O texto abaixo reproduz o momento de uma das maiores estiagem do Estado de Alagoas. Lembrei do grito solitário do Padre Djacy Brasileiro ( @Padredjacy ), que clama no deserto pela consciência dos nossos governantes. Na Paraíba, em Alagoas, e alhures mudam apenas as personagens o teatro é sempre o mesmo. Até quando meu Deus? 




O ano de 2012 já entrou para a história como um dos anos de maior estiagem no sertão nordestino. Especialistas dizem que secas tão sevaras ocorrem a cada 30 anos, em média. A última teria ocorrido entre 1983 e 1984.

A falta de chuva é a culpada pelas mazelas do homem sertanejo. Por causa dela não é possível o plantio e nem a pesca nos parcos rios. Transformando o povo lutador do interior nordestino num sofredor, passando pelas piores auguras: a fome e a sede.

Historicamente o sertanejo enfrenta períodos de escassez de água e, justamente por isso, não raras vezes o poder público consegue vencer eleições baseando sua plataforma em promessas de combate à seca, como é o caso do “canal do sertão” – obra que já se arrasta por longos 20 anos.

Entretanto, enquanto o povo sertanejo sente sede e fome em decorrência de mais uma severa seca, prefeitos de muitos dos municípios atingidos pela estiagem se dedicam a festas, inaugurações e contratações supérfluas diante das necessidades primárias de seus administrados.

Ao passo que o povo precisa de abastecimento de água por carros pipa, de ração para os animais, de cestas básicas e água mineral, as prefeituras municipais de Delmiro Gouveia, Piranhas, Belo Monte, Monteirópolis,Ouro Branco, Pão de Açúcar, Santana do Ipanema, Feira Grande, entre outras, acharam razoável investir (ou seria gastar?) em festas de emancipação, inaugurações, ou “arraiás” juninos.

Pois é, caros leitores. Enquanto a política romana, nos áureos tempos de seus “Cíceros”, já se baseava no “pão e circo”, as municipalidades alagoanas encostam-se em programas nacionais de “bolsa miséria”, enquanto ilude o povo com o melhor forró que o dinheiro público pode pagar.

Copiei o texto acima na página da Candice Almeida. Alagoana, Advogada, tem twitter (@CanAlmeida ) e pelo visto não se vende e não se rende. Veja estas e outras: http://canalmeida.wordpress.com/



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