O texto abaixo reproduz o momento de uma das maiores estiagem do Estado de Alagoas. Lembrei do grito solitário do Padre Djacy Brasileiro ( @Padredjacy ), que clama no deserto pela consciência dos nossos governantes. Na Paraíba, em Alagoas, e alhures mudam apenas as personagens o teatro é sempre o mesmo. Até quando meu Deus?
O ano de 2012 já entrou para a história como um dos anos de
maior estiagem no sertão nordestino. Especialistas dizem que secas tão sevaras
ocorrem a cada 30 anos, em média. A última teria ocorrido entre 1983 e 1984.
A falta de chuva é a culpada pelas mazelas do homem
sertanejo. Por causa dela não é possível o plantio e nem a pesca nos parcos
rios. Transformando o povo lutador do interior nordestino num sofredor,
passando pelas piores auguras: a fome e a sede.
Historicamente o sertanejo enfrenta períodos de escassez de
água e, justamente por isso, não raras vezes o poder público consegue vencer
eleições baseando sua plataforma em promessas de combate à seca, como é o caso
do “canal do sertão” – obra que já se arrasta por longos 20 anos.
Entretanto, enquanto o povo sertanejo sente sede e fome em
decorrência de mais uma severa seca, prefeitos de muitos dos municípios
atingidos pela estiagem se dedicam a festas, inaugurações e contratações
supérfluas diante das necessidades primárias de seus administrados.
Ao passo que o povo precisa de abastecimento de água por
carros pipa, de ração para os animais, de cestas básicas e água mineral, as
prefeituras municipais de Delmiro
Gouveia, Piranhas, Belo Monte, Monteirópolis,Ouro Branco, Pão
de Açúcar, Santana
do Ipanema, Feira
Grande, entre outras, acharam razoável investir (ou seria gastar?) em
festas de emancipação, inaugurações, ou “arraiás” juninos.
Pois é, caros leitores. Enquanto a política romana, nos
áureos tempos de seus “Cíceros”, já se baseava no “pão e circo”, as
municipalidades alagoanas encostam-se em programas nacionais de “bolsa
miséria”, enquanto ilude o povo com o melhor forró que o dinheiro público pode
pagar.
Copiei o texto acima na página da Candice Almeida. Alagoana, Advogada, tem twitter (@CanAlmeida ) e pelo visto não se vende e não se rende. Veja estas e outras: http://canalmeida.wordpress.com/
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