Nunca
como nos dias de hoje a virtude da paciência andou tão falta. Tudo corre e deve
correr. O tempo urge. Os compromissos se multiplicam. O excesso de informação
nos faz ter a sensação de eternos atrasados – no tempo, no espaço, na vida.
Perdemos a noção do tempo da natureza – de que as coisas devem nascer e
crescer. De que a semente leva um tempo para germinar. A planta um tempo para
crescer. O fruto um tempo para amadurecer. Queremos tudo já! Imediatamente Já!
Para ontem!
Empresários
querem que seus negócios dêem resultado em poucos meses. Funcionários querem
ser promovidos em poucas semanas de emprego. Clientes querem o produto
entregue em algumas poucas horas após o pedido.
E se tudo não ocorrer na estonteante velocidade que imaginamos.... "perdemos a paciência!" Perdemos aquela que já estava perdida em nossa consciência ingênua (e pouco crítica) há muito tempo. Na verdade o homem e a sociedade contemporâneos estão "perdendo a paciência".
E se tudo não ocorrer na estonteante velocidade que imaginamos.... "perdemos a paciência!" Perdemos aquela que já estava perdida em nossa consciência ingênua (e pouco crítica) há muito tempo. Na verdade o homem e a sociedade contemporâneos estão "perdendo a paciência".
Com
a virtude da paciência "perdida", o homem fica um ser estressado, à
mercê de suas emoções explosivas. Não sabendo esperar o "fruto
amadurecer", os come sem sabor, amargos, pois que ainda não amadureceram e
não estavam prontos para serem consumidos com o sabor do açúcar que só o tempo
é capaz de dar.
Saber
"dar tempo ao tempo" é sabedoria de poucos. Ter a paciência histórica
de dar tempo ao tempo para ver suas ações converterem-se em resultados, é
sabedoria de poucos. Manter-se, pacientemente, no foco, até que o mercado
reconheça sua empresa e seus valores, é sabedoria de poucos empreendedores – os
de sucesso! Saber esperar a tempestade passar para continuar caminhando no rumo
certo é sabedoria de poucos.
A
massa ignara gasta toda a energia lutando contra o inimigo errado, no campo
errado, com armas erradas, no momento errado – e em seguida chora a própria
derrota. Sem paciência não têm capacidade de analisar, cismar, questionar,
pensar e decidir com sabedoria.
A
paciência é irmã gêmea da sabedoria. A paciência é o solo fértil onde a
sabedoria germina. Sabedoria sem paciência é tão ilusória quanto será sempre
vil a paciência sem sabedoria. Mas como gêmeas, a maior sabedoria está
justamente na paciência. A paciência é a própria sabedoria no tempo. É o saber
o tempo de semear, o tempo de colher, o tempo de ser para alguém, aquele alguém
sereno que sabe o que quer e para onde vai porque sabe esperar o momento certo
de ir.
Não
perca a sua paciência!
Texto do professor Luiz Marins
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