sábado, 6 de julho de 2013

A IMPORTÂNCIA DE FOCAR NO OBJETIVO


O pato tenta nadar, voar e andar, mas não faz nada direito. O pinguim, por outro lado, não voa e é todo desengonçado andando, mas tem um foco muito claro: ser um especialista na água.




Muitas pessoas têm curiosidade de saber o episódio da caçada do EMU que fiz com os aborígines australianos da ilha de Bathurst em 1972, quando estudava antropologia na Austrália.

Este episódio, como sempre disse, ensinou-me o valor do foco. Desde então tenho visto que pessoas e empresas que têm foco, têm sucesso.   Aqui vai a narração do episódio:


Na noite anterior à caçada, os aborígines australianos, com quem vivi e estudei, fazem a dança da caça onde uma parte do grupo faz o papel da caça e outra parte o dos caçadores. Nessa dança eles acreditam "caçar de fato" o animal. Após a "caçada" (na dança) eles comemoram, fazem as chamadas pinturas rupestres (desenham o animal caçado nas paredes das cavernas ou nas árvores) e vão dormir. No dia seguinte, se levantam e vão "apanhar o animal", com os bumerangues e lanças próprios para (agora sim) caçar o animal que acreditam já ter sido devidamente "caçado" durante a dança na noite anterior. 


 Um certo  dia os aborígines me convidaram para a dança do Emu (Emu é uma avestruz, uma ema que existe naquela parte do mundo) pois iríamos caçar no dia seguinte. Fizemos a dança como descrevi acima.


No dia seguinte deram-me a incumbência de achar as pegadas de emu. Ensinaram-me como eram as pegadas. Ao achar alguma pegada de emu, eu deveria chamar os caçadores. Os aborígines são exímios examinadores de pegadas. Pela análise eles sabem exatamente onde está o animal para apanhá-lo.


Eu ia à frente do grupo. De repente encontrei umas pegadas. Eram na verdade de canguru. Chamei a todos. Eles vieram, viram que as pegadas não eram de emu e sim de canguru e disseram: Essas pegadas são de canguru. Eu disse: mas canguru não é mais gostoso que emu? Eles responderam: Sim, é. Mas nós hoje estamos caçando EMU e não canguru. E se espalhavam novamente.


Mais um pouco e encontrava outras pegadas. Sabia que não eram de emu, mas mesmo assim chamei os caçadores. Eles disseram: Essas pegadas são de wallabies (um pequeno canguru). Eu disse: mas wallabies não são mais gostosos que emu e até mais gostosos que canguru? Sim, responderam eles, mas hoje estamos caçando emu e não wallabies ou cangurus. Outro dia voltaremos para caçar outro animal. Hoje estamos caçando emu!


Na quarta vez que parei a caçada e as pegadas não eram de emu, eles me disseram:
 - Nós estamos caçando EMU. Fizemos a dança do EMU, trouxemos os bumerangues de EMU, as lanças de EMU. Se você parar a caçada cada vez que encontrar qualquer pegada, nós não vamos caçar nem emu, nem canguru, nem wallabies. Outro dia nós voltaremos para caçar cangurus.

Foi então que eu aprendi a razão de todo primitivo ir caçar e voltar com a caça rapidamente. Eles sabem exatamente o que estão caçando e não se desviam do foco.

Na empresa e no nosso dia-a-dia é a mesma coisa: um objetivo e metas claros e definidos, e muito foco nesses objetivos e metas; se tivermos os instrumentos certos para atingí-los (ou armas adequadas); pessoas certas com as habilidades necessárias, treinadas; dedicação e entusiasmo; com certeza, atingiremos nossos objetivos, por mais audaciosos que pareçam ser.

Assim, o foco, é, sem dúvida, um dos principais fatores de sucesso de pessoas e empresas. 

Pense nisso. 

Tenha Foco. Sucesso!




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