Minhas melhores recordações me encaminham ao bucólico bairro
de Jaguaribe, onde nasci e me criei. Não havia maldade e as casas ainda podiam
dormir com as portas abertas. Todos se frequentavam e sempre havia um amigo
pronto para qualquer situação, mesmo que fosse para quebrar jarros.
Era um ninho de sabiá na frente da casa de Gibinha e
Roberto, carambolas na de Ido e Êdo, War na de Paulo, Jambo na de Tute, ping pong
na mesa da cozinha de Joãozinho e Vépo, além de vôlei onde tivesse um campinho,
que por sinal era vizinho lá de casa. Lembramo-nos
do peru na árvore, do mamão que virou doce, do portão pintado com graxa, das
lâmpadas de natal e do velho e bom jogo de luz.
Os assuntos fluíam e, na época,
alguns eram inconfessáveis, mas o tempo
passou e se transformaram em boas recordações. Aliás, eu queria dizer, em extraordinárias
recordações.
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