Partilhar é dividir em muitas partes e repartir o muito ou pouco que se
tem. Pois bem, dito isto, as lições da vida não param de chegar.
Último dia útil do ano, muita coisa com situações pendentes, a fome se tornou segundo plano e o almoço veio apenas por mera
obrigação da necessidade. Comigo funciona assim. Comi pouco mais da metade de
uma quentinha e descartei o resto. De logo, fui surpreendido com uma frase no
mínimo interessante e que me caiu como um raio; - "joga fora não, guarda
na geladeira que alguém come depois.". Pensei, me questionando: Como
alguém vai comer esta sobra?
Naquele momento foi como se o tempo tivesse parado na minha frente para
que eu assistisse um filme do que se passa nas comunidades que conheço, nas que
nem sei que existem, em Alepo, e nos que perambulam pelas ruas. Tem muita gente
que passa fome e não tem nada, nem esperança. Complicado, né não?
Quem me conhece sabe que sou de dividir, de partilhar, e que tenho o
pensamento de que ninguém pode ser feliz sozinho. A vaidade do feito unicamente
por mim nunca me acompanhou. Se a obra tem vários executores todos tem que
aparecer, mas aquela frase me trouxe a reflexão do egoísmo que precisa ser
atacado.
Um som de menos de 15 segundos me fez parar pra pensar que posso fazer
muito mais.
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