
Estava me lembrando de um dia, e olha que já se passaram muitos anos, quando ainda fazia o curso de Mecânica na Escola Técnica(hoje CEFET) e estávamos aguardando no auditório uma palestra do professor Itapuan Botto Targino, então diretor, e fazíamos um barulho imenso, fora do normal, coisas pertinentes a idade. Foi então que ele entrou com a tranquilidade de sempre, sentou na poltrona e ficou a observar aquela agonia toda mas sem interferir em absolutamente nada. Repentinamente começou a pedir um pouco de atenção que já ia começar a falar...
Falou sobre a instituição que antes, bem no principio,se chamava Escola Industrial, relatou sobre o mercado de trabalho que nos esperava, informou sobre a empresa de equipamentos eletrônicos SHARP que iria buscar alguns alunos do curso de eletrotecnica e mecânica para estágio em Manaus. Falou muito e sempre com uma forma cativante de se fazer ouvir.
Concluindo, solicitou que prestássemos mais atenção na nossa vida pois seriamos o futuro da Nação. Como ainda muito jovem, mais ou menos 18/19anos, não ofereci confiança a nada daquilo. - Pensei... Futuro da Nação, eu?.
Pois é....A vida é efémera. Hoje olho pra trás e vejo aquelas sábias palavras batendo na porta da memória e começo a entender aquele comentário. Realmente o tempo passa muito rápido! Resta muito pouco daquele Marinho(era assim que me chamavam) que antes gostava de fazer carrinho de lata de óleo, brincar de bolas de gude e empurrar pneus com cabo de vassoura. Da juventude ficou os ensinamentos dos meus familiares e professores com a certeza eterna de melhores dias. Sou um eterno otimista!
Hoje me vejo sendo o "batedor" dos caminhos dos meus filhos, senhor das minhas obrigações e mesmo que timidamente, ainda, oferecendo vagas no mercado de trabalho, contribuindo com o futuro da nação. O tempo avança tão devagar, como a chegada do Professor Itapuan naquele auditório, que não percebemos a velocidade com que passam os dias, meses e anos. Ontem estávamos comemorando o final do ano mas amanhã já será o mês de Abril.
Porém, ainda, enquanto soldado de Deus, me resta um grande desafio. Como colocar no juízo desta nova juventude que o tempo urge e que eles são o futuro da Nação? Que eles vão nos substituir ... Pela idade não tem a condição de absorver que não são o Highlander, aquele guerreiro imortal interpretado pelo Chistopher Lambert, mas em gotas diárias de exemplo, amor e dedicação temos sim a possibilidade e alertá-los que em muito breve estarão eles a dirigir o futuro de todo este planeta. Devemos pensar nisso.
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