
Numa explosão de luzes multicoloridas e da música estridente das velhas radiolas de fichas, começava a noite naquele ambiente alegre, romântico e pecaminoso. Uma fauna das mais variadas espécies de aves noturnas, povoava o reinado de orgia onde as mulheres imperavam pelo esplendor de suas roupas esvoaçantes e o perfume embriagador, num oferecimento terno no brilho dos seus olhos conquistadores, a arrebanhar os mancebos ávidos por uma noite de amor. De ponta à ponta da rua, os cabarés se multiplicavam em festa, a fervilhar, como um formigueiro humano, num entrar e sair constante, num burburinho uníssono lembrando um mercado persa, onde a carne humana temperada com álcool e música, era a mercadoria preferida. Era assim a Maciel Pinheiro dos velhos tempos, escola onde a juventude pessoense prestava exame vestibular para ingressar na faculdade do sexo, doutorando-se em amante refinado. Uma das que comandava essa máquina de amor era uma mulher que, pela sua personalidade marcante, tornou-se símbolo das noites de perdição e da prostituição: Hosana, a primeira dama do cabaré, reitora daquela universidade, responsável pela formação sexual de grande parte dos executivos de hoje.
Desde o bas-fond mais degradante, até o cabaré mais luxuoso da cidade estavam localizados na rua Maciel Pinheiro que, por eles, era tomada de toda a sua extenção. Frequentadores haviam para todas as casas noturnas. Os que bebiam a "branquinha" com laranja,em Maria de Janúncio ou em Salôia e os que traçavam do whisky Cavalo Branco à melhor champagne francesa no New York, ou em Hosana, consideradas as casas mais categorizadase frequentadas pela "fina-flor" dos notívagos pessoenses. No geral, todos tomavam cerveja com a mesma sofreguidão com que deitavam na cama de uma daquelas mulheres. Chegando-se na Maciel Pinheiro para uma noitada, poderia se começar pela pensão de Dina, instalada na primeira casa da rua, onde Marlene, o homossexual mais famoso do cabaré em todos os tempos, pontificava e dava o maior show de "viadagem" que se pudesse imaginar. Seguindo-se em frente chegava-se a casa de Normélia, ou na pensão de Estrela, onde a atração principal era uma radiola de ficha com os sucessos musicais da época. Quase em frente estava localizado o "Night and Day", comandada pela famosa Alaide, mulher valente e brigona. "Macho que não andar direito no meu estabelecimento leva tapa na cara", costumava dizer para Pedrinho, o seu fiel escudeiro, lembrado pelas brigas constantes com Marlene, pela posse dos homens.
Desde o bas-fond mais degradante, até o cabaré mais luxuoso da cidade estavam localizados na rua Maciel Pinheiro que, por eles, era tomada de toda a sua extenção. Frequentadores haviam para todas as casas noturnas. Os que bebiam a "branquinha" com laranja,em Maria de Janúncio ou em Salôia e os que traçavam do whisky Cavalo Branco à melhor champagne francesa no New York, ou em Hosana, consideradas as casas mais categorizadase frequentadas pela "fina-flor" dos notívagos pessoenses. No geral, todos tomavam cerveja com a mesma sofreguidão com que deitavam na cama de uma daquelas mulheres. Chegando-se na Maciel Pinheiro para uma noitada, poderia se começar pela pensão de Dina, instalada na primeira casa da rua, onde Marlene, o homossexual mais famoso do cabaré em todos os tempos, pontificava e dava o maior show de "viadagem" que se pudesse imaginar. Seguindo-se em frente chegava-se a casa de Normélia, ou na pensão de Estrela, onde a atração principal era uma radiola de ficha com os sucessos musicais da época. Quase em frente estava localizado o "Night and Day", comandada pela famosa Alaide, mulher valente e brigona. "Macho que não andar direito no meu estabelecimento leva tapa na cara", costumava dizer para Pedrinho, o seu fiel escudeiro, lembrado pelas brigas constantes com Marlene, pela posse dos homens.
Sou bisneto de Normelia e que para alguns não seria motivo de orgulho por ter a bisa com uma história de chefa de damas da noite de tantos, me sinto honrado por minha bisa ter feito parte dessa época de boemia de tantos homens importantes da sociedade paraibana.
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